Intervenção da Ministra da Saúde na Inauguração da Unidade de Cuidados Continuados de Alijó - 01.10.2008.
Exmo. Sr. Primeiro-Ministro,
Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Alijó,
Exmo. Senhor Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alijó,
Exmo. Sr. Presidente do Instituto de Segurança Social de Vila Real,
Exmo. Sr. Presidente da Administração Regional de Saúde da Região Norte,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
É com grande satisfação que estou de volta a Alijó. Desta vez, para assistir à assinatura do protocolo que permite inaugurar hoje a primeira Unidade de Cuidados Continuados do concelho.
Quero, antes de mais, salientar que sem a colaboração da Câmara Municipal, da Santa Casa da Misericórdia e do Instituto de Segurança Social de Vila Real este acordo não seria possível.
A partir de dia 20 de Outubro, Alijó dispõe de 9 camas de cuidados de média duração e 23 de cuidados de longa duração. Um passo muito importante para a população deste município, mas também para o país.
A Rede de Cuidados Continuados Integrados foi uma das apostas do Governo para estar à altura dos desafios que a sociedade nos coloca. Neste momento, Portugal tem perto de 2.700 camas. Só este ano, foram já assistidos mais de 9.500 cidadãos.
Há cada vez mais pessoas a necessitarem de cuidados continuados diferenciados. Uma missão que não cabe aos hospitais, daí a importância desta rede.
Aproveito também este momento para lembrar que hoje se comemora o Dia Mundial do Idoso. Prefiro falar em "mais velhos" porque permite uma abordagem universal. E, na verdade, quem é o idoso hoje?
Portugal, à semelhança do que acontece na maioria dos países desenvolvidos, tem uma população envelhecida. Actualmente, as pessoas mantêm-se activas durante mais anos, quer a nível profissional, social ou cultural. Por isso, a sociedade portuguesa tem um novo repto: acompanhar esta mudança e adaptar-se a ela. Ou seja, é urgente encará-la como um desafio que exige um novo olhar sobre os cuidados sociais e de saúde necessários para que cada um de nós possa envelhecer com dignidade no seu ambiente familiar.
É, sem dúvida, nos mais velhos que prevalecem os problemas de saúde e a necessidade de cuidados especializados. A recuperação e convalescença devem ser feitas no conforto do espaço de cada um, até porque traz grandes benefícios aos doentes. Mas nem sempre é possível que assim seja. Por isso, também, criámos unidades como esta. Mas o objectivo é sempre tentar que as pessoas regressem a casa e à sua vida activa logo que possível.
Por todo o legado que passam aos mais novos e pela importância que assumem no seio das famílias, os mais velhos têm um contributo fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade madura.
É bom não esquecer que envelhecer é viver com mais experiência e sabedoria.
Alijó, 1 de Outubro de 2008
A Ministra da Saúde
Ana Jorge
Fonte:http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/ministerio/comunicacao/discursos+e+intervencoes/ucci+alijo.htm
